quarta-feira, setembro 20, 2006
SUBLIMAÇÃO
Sob as asas do grande pássaro
Subi até onde não podia ver.
Na noite negra e estrelada
transbordo.
Estou leve a ponto de perder a gravidade.
Com o passar do tempo me vejo sem horas, no alto.
De repente, num salto,
as nuvens começam a bailar
formando um manto móvel e intocável
sob meus pés.
Um mar na noite negra!
Lua mergulhada, mística, sensível.
Fico sem palavras, somem os verbos,
lá embaixo o novo mar:
Dourado no preto iluminado.
Sol Constante quase a pino
Volto ao céu, mas com outro brilho.
Num dia de apolo,
Abraço às alturas,
Perdendo ao fundo a paisagem
Senhor de olhar penetrante é o céu!
Sublimo, salto, silencio.