quarta-feira, dezembro 26, 2007

L’amor en els temps de còlera

Potser no sé res sobre la poesia mateixa,
Però et fas un poema viu en el meu cor,
Intento descriure la brillantor dels teus ulls,
El teu perfil caut d’ombres,
Les teves mans que acaricien el meu temps,
Els teus passos que reboten en la meva ment,
Sols ets poesia.

Tampoc sé de pintura,
Però ets el meu quadre perfecte;
T’observo amb deteniment i no puc esquivar
[la meva mirada del teu rostre,
Veig cada sensació, cada sentiment en tu,
Cada vegada atent al que facis o no.

De música res en sabia,
Fins que varen arribar als meus oïdes
[les notes més boniques que mai hagi escoltat:
el teu nom i la teva veu.
Ets tota la música que necessito cada matí,
Cantant el teu nom en la meva solitud.

No sé res de res,
Només que ets la meva poesia, la meva pintura,
[la meva música, la meva pel·lícula preferida...
Ets el meu art, ets la meva vida.

T’estimo.

Alonso López Miranda

Posted by Araiê @ 11:33 AM

terça-feira, dezembro 11, 2007

A NOVA FLOR


Posted by Araiê @ 10:05 AM

segunda-feira, dezembro 10, 2007

MAIS UM ANO!



nem ninho, nem passarinho, nem pio
há de me desvencilhar desta tarde
meu olho já tomou curso de rio
as lágrimas vão ficar na saudade
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begônias silvestres
o sumiço da sua silhueta amiga
fez meu perfil baixar a cabeça
as cores da tarde, cinzas cinzas
as luzes da noite, negras negras
desaparecer não é pra qualquer um
só você, misto de mistério e dúvida
pode estar em lugar nenhum
e ainda me tocar, por música
Marcos Prado

Posted by Araiê @ 10:30 AM

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O HOMEM E A MORTE

O homem já estava deitado
Dentro da noite sem cor.
Ia adormecendo, e nisto
À porta um golpe soou.
Não era pancada forte.
Contudo, ele se assustou,
Pois nela uma qualquer coisa
De pressago adivinhou.
Levantou-se e junto à porta
- Quem bate? Ele perguntou.
- Sou eu, alguém lhe responde.
- Eu quem? Torna. – A Morte sou.
Um vulto que bem sabia
Pela mente lhe passou:
Esqueleto armado de foice
Que a mãe lhe um dia levou.
Guardou-se de abrir a porta,
Antes ao leito voltou,
E nele os membros gelados
Cobriu, hirto de pavor.
Mas a porta, manso, manso,
Se foi abrindo e deixou
Ver – uma mulher ou anjo?
Figura toda banhada
De suave luz interior.
A luz de quem nesta vida
Tudo viu, tudo perdoou.
Olhar inefável como
De quem ao peito o criou.
Sorriso igual ao da amada
Que amara com mais amor.
- Tu és a Morte? Pergunta.
E o Anjo torna: - A Morte sou!
Venho trazer-te descanso
Do viver que te humilhou.
-Imaginava-te feia,
Pensava em ti com terror...
És mesmo a Morte? Ele insiste.
- Sim, torna o Anjo, a Morte sou,
Mestra que jamais engana,
A tua amiga melhor.
E o Anjo foi-se aproximando,
A fronte do homem tocou,
Com infinita doçura
As magras mãos lhe cerrou...
Era o carinho inefável
De quem ao peito o criou.
Era a doçura da amada
Que amara com mais amor.

Manuel Bandeira

Posted by Araiê @ 10:17 AM

Fases da Lua

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"Quem olha pra fora, sonha. Quem olha pra dentro, acorda" Jung

"a noite me pinga uma estrela no olho e passa" Leminski